Arte, Filosofia

Gilles Deleuze recita Nietzsche (legendas em português)

Ao som de Richard Pinhas e da banda Heldon, o filósofo Gilles Deleuze recita "O Andarilho", aforismo nº. 638 de Friedrich Nietzsche em "Humano, Demasiado Humano". O vídeo é uma montagem com cenas do filme "Dias de Nietzsche em Turim", do cineasta Júlio Bressane, e está legendado em português.

Arte, Experimentação, Filosofia

País de dançarinos e de ritmos mancos | por Jérôme Cler

A impossibilidade da leveza, a elegância insensata dos dançarinos – entretanto frequentemente bastante corpulentos -, a alegria como virtude no centro desse mundo de onde todo pathos parecia estar ausente. Potência da repetição: a música pega sempre no seu círculo, nada mais do que um círculo ou uma espiral, e a melodia de dança se fecha sobre si mesma, na vila, e se junta em direção ao seu centro sempre aproximado pelos dançarinos.

Arte, Experimentação, Filosofia

O corpo no cinema de John Cassavetes | por Viviane de Lamare

'Dar' um corpo, dirigir uma câmera sobre o corpo, assume outro sentido: não se trata mais de seguir e acuar o corpo cotidiano, mas de fazê-lo passar por uma cerimônia, (...) que faz dele um corpo grotesco, mas também extrai dele um corpo gracioso ou glorioso, para atingir enfim o desaparecimento do corpo visível

Arte, Filosofia, História, Política

“A Morte de Empédocles”, filme de Jean-Marie Straub & Danièle Huillet.

Link para baixar o torrent e a legenda: https://goo.gl/KMR3Hd Uma pedagogia para a grandeza, para o excepcional, para o desmedido. Um olhar para a altivez do criminoso, para o desgraçado sem remorso... e também para o outro lado, para a baixeza organizada e sustentada pelo poder. Um filme que desdobra o verso de Leminski: “não… Continuar lendo “A Morte de Empédocles”, filme de Jean-Marie Straub & Danièle Huillet.

Arte, Experimentação, Semiologia

Jean-Luc Godard: Aprendisagem do Descontínuo

por Ruy Gardnier Jean-Luc Godard: Aprendisagem do Descontínuo A nuca de Jean Seberg. Ou de Patricia Franchini, pois é ela a personagem, filmada de trás, flagrada no assento do carona de um conversível passeando pelas ruas de Paris. Enquanto ela conversa com o namorado-motorista, que permanece fora de quadro, a imagem salta diversas vezes, cortando… Continuar lendo Jean-Luc Godard: Aprendisagem do Descontínuo

Arte, Filosofia

Uma felicidade estranha

Composição de relações ao som de uma música de Rodolphe Burger & Olivier Cadiot ("Je nage" / "Eu nado"), com trechos falados de uma aula de Gilles Deleuze: "Espinosa: Imortalidade e Eternidade", de 1981.   Clique aqui para ler a aula de Deleuze em francês. Clique aqui para ler a aula de Deleuze em português.… Continuar lendo Uma felicidade estranha

Arte, Experimentação

Deus é tsunami. Deus é geleira despencando. | Elke Maravilha

"Deus é tsunami. Deus é geleira despencando, deus é tempestade de neve, deus é tempestade de areia. As religiões nos atrapalharam muito. O que essas religiões fizeram? Fora o budismo. O cristianismo, eu adoro Cristo, mas Cristo só trata do homem. E a floresta, que é nossa irmã? E a pedra, que é nossa irmã? E o cavalo? E o rato? E o vírus da Aids? E o tubarão? São todos nossos irmãos."

Arte, Experimentação, Filosofia

Gilles Deleuze: A Imagem-Movimento (aula 1 de 21)

“O cinema inventou uma percepção. A percepção no cinema é diferente da percepção nas condições naturais. O cinema nos propõe uma percepção que as condições naturais não nos podem dar, a saber: a percepção de um movimento puro. E se as condições da reprodução do movimento no cinema são condições artificiais, isso não significa que aquilo que o cinema reproduz seja artificial. Todo o artifício do cinema serve à construção dessa percepção de um movimento puro; ou de um movimento que tende ao puro, ao seu estado puro. O que é o fato da percepção cinematográfica? É que no cinema o movimento não se acrescenta à imagem. O movimento não se adiciona à imagem. Não há a imagem e depois o movimento. O que o cinema apresenta é uma imagem-movimento (com um pequeno traço, com um hífen). É uma imagem-movimento”.

Arte, Experimentação, Política

FILME: O Mínimo Gesto (1971) | Fernand Deligny

Por: Nicolas Philibert | Trad.: Rodrigo Lucheta  "Débil mental", dizem os especialistas. Tal como é no mínimo gesto, ele o é na vida cotidiana que levamos juntos há mais de 10 anos.... Tal como é, para nós ele é uma fonte inesgotável de riso o tempo todo, desde que chega. E neste filme como na… Continuar lendo FILME: O Mínimo Gesto (1971) | Fernand Deligny

Arte, Experimentação, Política

Jim Morrison: dor, violência, liberdade.

Entrevista a Lizze James em 1967   Lizze James - Acho que os admiradores dos Doors o encaram como um salvador, um líder messiânico que os libertará. O que você acha? Essa não é uma imensa responsabilidade? Jim Morrison - Isso é um absurdo. Como se pode libertar alguém que não tem coragem para levantar-se… Continuar lendo Jim Morrison: dor, violência, liberdade.

Arte, Experimentação

O Barco Bêbado, poema de Arthur Rimbaud

“O Barco Bêbado” (1871), poema de Arthur Rimbaud, vivido por Léo Ferré, com tradução de Augusto de Campos.     O Barco Bêbado - Arthur Rimbaud Quando eu atravessava os Rios impassíveis,Senti-me libertar dos meus rebocadores.Cruéis peles-vermelhas com uivos terríveisOs espetaram nus em postes multicores. Eu era indiferente à carga que trazia,Gente, trigo flamengo ou… Continuar lendo O Barco Bêbado, poema de Arthur Rimbaud

Arte, Filosofia

Transmutação da tristeza em Kafka, por Maurice Blanchot

por Maurice Blanchot | Trad.: Rodrigo Lucheta O mistério é o seguinte: eu sou infeliz, eu me sento à minha mesa e escrevo “eu sou infeliz”. Como isso é possível? Vemos porquê essa possibilidade é estranha e, até certo ponto, escandalosa. Meu estado de infelicidade significa esgotamento de minhas forças; a expressão da minha infelicidade, aumento de forças.… Continuar lendo Transmutação da tristeza em Kafka, por Maurice Blanchot

Arte, Política

O Processo – um filme perturbador

"No nível da narrativa, todos representam o seu papel: a acusação, a defesa, a mesa, os advogados, o rito. O Processo controla a todos, envolve e desenvolve a todos em sua passagem.

Esse nível da representação, da narrativa, é o mais visível do filme, juntamente, claro, com os gestos dos envolvidos, gestos que escapam ao script e que preenchem o sentido do que se passa: os gestos deixam ver as cordas que movem todos os títeres - ainda que não nos revelem quem seja o titeriteiro. O Processo, como eu disse, é invisível."

Arte, Experimentação

Filme: “Thomas est Amoureux”

Clique aqui para baixar o filme legendado: https://goo.gl/Lq9uW2 Sinopse: Um filme de formato raríssimo, todo narrado via câmera subjetiva (talvez haja outros assim, mas, no momento, não me lembro de nenhum). Nos noventa e sete minutos de filme, nossos olhos são os olhos de Thomas, um agorafóbico de trinta e três anos que só se comunica… Continuar lendo Filme: “Thomas est Amoureux”

Arte, Política

O Direito à Literatura, por Antônio Cândido

O assunto que me foi confiado nesta série é aparentemente meio desligado dos problemas reais: “Direitos humanos e literatura”. As maneiras de abordá-lo são muitas, mas não posso começar a falar sobre o tema específico sem fazer algumas reflexões prévias a respeito dos próprios direitos humanos. É impressionante como em nosso tempo somos contraditórios neste… Continuar lendo O Direito à Literatura, por Antônio Cândido